As associações empresariais (AESL – Associação Empresarial Serra da Lousã, AEDP – Associação Empresarial de Poiares, CEMC – Clube de Empresários de Miranda do Corvo e NEP – Núcleo Empresarial de Penela), em resultado da tomada de posição conjunta, veem hoje em comunicado, agradecer a todos os que diariamente se empenham na luta por um interior com mais oportunidades e publicamente dizer que nunca deveremos baixar os braço e que o anúncio do governo de atribuir descontos nas portagens do interior é já um sinal dos governantes, em resposta às nossas vozes.
Após a tomada de posição conjunta do dia 7 de fevereiro, apoiando a posição do Município da Lousã para a abolição das portagens na A13, as associações empresariais, hoje em comunicado, referem “recebemos com alguma expectativa a notícia de descontos no valor das portagens já a partir de Julho de 2020, do interior e em especial na A13, apesar de bem-vinda esta medida é insuficiente para as reais necessidades dos territórios do interior, não estando requalificada a Estrada Nacional 17 (Estrada da Beira) e sem o Metro Bus a funcionar entre Serpins e Coimbra, mantemos a reivindicação da abolição imediata das portagens na A13 nestes territórios justificando-se esta pela falta de alternativas.”
Sobre os descontos a atribuir em função do número de passagens, esta medida não contempla qualquer incentivo, nem ao turismo para estes territórios, nem a deslocações inferiores a 8 dias por mês. Esta situação que define grande percentagem dos pequenos empresários com vista ao abastecimento dos seus estabelecimentos, visto não utilizarem mais do que 8 dias por mês.
Consideramos também a forma de atribuição dos descontos em função do número das passagens mensais, é algo complexo, e estando na ordem do dia o Simplex, este processo nada tem de simples, assim se o governo pretende apoiar o interior, então deixemo-nos de contas e mais contas, e que seja então atribuído um desconto fixo sobre o preço inscrito em cada pórtico.
Consideramos que esta medida não é a situação ideal, mas a mesma simboliza um importante passo com vista a uma maior coesão territorial, continuando a ser do nosso entendimento de que da abolição das portagens nas autoestradas do interior irá resultar uma mudança muito positiva para todo o território português pois permite “aproximar” os grandes polos urbanos do interior do país, a fim de ser possível captar mais trabalho qualificado para as zonas do interior, tornando estas zonas mais atrativas para o investimento das empresas e permitindo também uma maior procura para a residência permanente de mais quadros qualificados.
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