09-04-2020
As Associações, AESL- Associação Empresarial Serra da Lousã, AEDP – Associação Empresarial de Poiares, CEMC – Clube de Empresários de Miranda do Corvo e o NEP – Núcleo Empresarial de Penela, em representação de mais de 3.000 empresários da região, apelam ao Estado que tome medidas urgentes para que o dinheiro das linhas de crédito COVID – 19 chegue com urgência à economia real, pois até hoje o dinheiro ainda não chegou às nossas Pequenas e Médias empresas.
Face à crise provocada pela COVID-19, o Governo lançou um conjunto de linhas de crédito para as empresas, para as quais o estado português emite garantias entre os 80’% e os 90% do valor de cada empréstimo. As linhas crédito COVID dividem-se em uma linha mais geral do valor de 400 ME e depois outras linhas mais específicas que totalizam o valor de 3.000 ME, estando este valor repartido por diversos sectores: Restauração e Similares (600 ME), Animação Turística, e Organização de Eventos (200 ME), empresas do turismo (200ME) e para Indústria têxtil, vestuário, calçado, indústrias extrativas e fileira da madeira (1300ME).
Estando grande parte dos estabelecimentos e empresas da região encerrado desde o dia 16 de março, estes não tiveram ainda qualquer apoio à liquidez para manterem os seus postos de trabalho e os seus negócios para futuro, existindo mesmo a informação que algumas das linhas de crédito criadas já se encontram esgotadas.
Assim as Associações Empresariais preguntam, onde está o dinheiro? De que forma foi este distribuído, quais os critérios? Quem é que está a fiscalizar no terreno este processo? Ou será que mais uma vez só os grandes grupos é que tiveram acessos a estas linhas de crédito?
É inadmissível que esta situação esteja a acontecer, quando as empresas estão a fazer de tudo ao seu alcance, para não fecharem, definitivamente as portas.
Pelo exposto apelamos a que o governo venha ao terreno apurar o que se está a passar e que tome medidas urgentes para que as próximas linhas de crédito cheguem às pequenas e médias empresas, nomeadamente que estabeleça de limites de créditos por empresas (máximo 3 ou 6 meses de faturação) e que estabeleça plafons mínimos por região, pois a cada dia que passa esta situação torna-se cada vez mais dramática para o tecido empresarial.