Associações Empresariais Exigem ao Governo Um Pacote de Medidas Urgentes de Apoio às Empresas

Associações Empresariais Exigem ao Governo Um Pacote de Medidas Urgentes de Apoio às Empresas

TOMADA DE POSIÇÃO

 

 

As associações empresariais, AESL – Associação Empresarial Serra da Lousã, a AEDP – Associação Empresarial de Poiares, o CEMC- Clube de Empresários de Miranda do Corvo e o NEP – Núcleo Empresarial de Penela, representam mais de 3.000 empresários, com um volume de negócios aproximadamente de 900 Milhões de euros de faturação.

Vimos desta forma demonstrar a nossa preocupação referente às medidas tomadas pelo Governo no âmbito do COVID-19, as quais consideramos francamente insuficientes para a maioria dos empresários. Uma vez que 80% das empresas são microempresas, com até 5 trabalhadores e VN até 200.000€/ano, o encerramento das escolas e situações em que os colaboradores tenham que se confinar em casa vão afetar o seu funcionamento ao ponto de serem obrigados a encerrar, situação que maior parte das vezes se vai transformar num encerramento total da atividade.

 

Estamos perante uma situação grave, alguns empresários, preocupados com os seus colaboradores, clientes e familiares, estão por sua conta e risco, a optar de forma voluntária  por encerrar os seus estabelecimentos como medida preventiva, assumindo os pagamentos aos colaboradores, fornecedores e outros, incorrendo em dificuldades para honrar os seus compromissos. Grande parte destas micro e pequenas empresas não dispõem de tesouraria para aguentar mais de duas semanas nesta situação.

 

Nos últimos dias temos assistido aos recordes de vendas das grandes empresas, enquanto o pequeno comércio, com uma estrutura mais frágil, comparativamente, sente necessidade de fechar, por prevenção, por precaução, porque os seus colaboradores têm filhos e é necessário ficar em casa.

Não nos esqueçamos que muitas destas pequenas empresas são negócios familiares, criados a partir do esforço de uma vida inteira dedicada à sua comunidade, contribuindo de forma sustentada para a economia local.

 

É nesse sentido que consideramos imperativo que o Governo estabeleça rapidamente um pacote de medidas de apoio específicas a estas micro e pequenas empresas, para que estas possam ser capazes de efetuar os pagamentos aos seus colaboradores e fornecedores. Que haja uma franca articulação entre o Governo e a Banca, de modo a prorrogarem as obrigações bancárias e/ou através de injeção de capital, para o apoio destas micro e pequenas empresas.

 

Os empresários precisam saber com o que podem contar no final do mês de forma a ficarem mais descansados.

 

É difícil escolher entre o mal menor mas acreditamos que quanto mais depressa tomarmos medidas drásticas e com impacto a nível nacional e a todos os setores, mais depressa se retorna ao normal funcionamento e com consequências menores para as pessoas, economia e empresas.

 

Exigimos que o Governo estabeleça rapidamente um pacote de medidas de apoio específicas e declare o estado de emergência para que o controlo e erradicação desta pandemia seja o menos demorado possível.


Quanto às empresas, estamos aqui para as apoiar e esclarecer na medida do possível, apelamos ao bom senso, civismo e a união social, pois estamos a deparar-nos com algo que não conseguimos ver e identificar por forma a evitar a infeção.